1. Imagine que acabaram de lançar uma biografia sobre você. Qual é o título? Apresente a sinopse. *
“O Espelho do Possível” reflete uma vida dedicada à literatura e à exploração das infinitas possibilidades do real através da palavra. Sua obra é uma busca constante pela sacralização do momento, iluminando o que parece insignificante e transformando-o em algo eterno. Uma trajetória permeada pela essência da lírica, onde o efêmero se torna perene e o cotidiano revela profundidades ocultas, criando uma narrativa que ultrapassa o visível e alcança o fundamental.
2. Indique dois/duas navalhistas que não podemos esquecer. São duas pessoas que escrevem: uma que já se foi e sua obra não teve a devida atenção que merece, a segunda uma pessoa que escreve em nossos dias e devemos ficar de olho.*
Embora o nome de Gerardo Mello Mourão esteja começando a ganhar mais visibilidade em certos círculos, ele ainda permanece restrito a um nicho, longe de alcançar o grande público. Agora, um nome a ser observado é o do poeta Ighor Barboza. Com domínio da arte do verso e um vasto conhecimento de cultura geral, ele possui os dois principais requisitos essenciais para quem deseja exercer com competência o ofício da escrita.
3. O que podemos esperar de sua literatura?*
Da minha literatura, pode-se esperar a sinceridade absoluta, fruto do amor pela escrita e pela vida. A escrita, para mim, é também um exercício de autoconhecimento, um aprofundamento na capacidade de observar o real. Assim, a autenticidade se torna o resultado natural desse processo. Meu desejo é oferecer ao leitor algo concreto, seja a beleza que o instante pode proporcionar ou uma reflexão espontânea que o conduza a perspectivas além das mais óbvias.
4. Se a partir de hoje a vida te tirasse a possibilidade de fazer literatura, quem você seria?*
Seria alguém capaz de se maravilhar com as minúcias da rotina e com a beleza que reside na realidade.
5. Se você tivesse ciência de que estava escrevendo seu último texto, que mensagem você gostaria de deixar? *
Gostaria que minha obra fosse um apelo às pessoas: instale-se na realidade e em suas infinitas possibilidades. É possível extrair beleza de todos os aspectos desta existência – mesmo em sua incompletude. A literatura, as narrativas e a ficção nos ajudam a revelar essas maravilhas, muitas vezes ocultas, atrás das barreiras que colocamos aos olhos.

Lucas Luiz, nascido em Guararema (1991), é escritor autodidata com publicações em revistas como Mallarmargens e Ruído Manifesto. Participou de diversos cursos, destacando-se A Arte do Verso, com Brian Belancieri, que aprofundou sua compreensão poética. É criador da newsletter A Patada de Pégaso, onde compartilha aprendizados e reflexões sobre a escrita, busca inspirar e incentivar outros escritores iniciantes em sua jornada criativa.
Parabéns Lucas, quanta verdade. Reflexões concretas e maduras de um jovem escritor. Sucesso.