1. Imagine que acabaram de lançar uma biografia sobre você. Qual é o título? Apresente a sinopse. *
“Precipitado: da forma à forma” A vida de um indisciplinado guiado pela vida. Poeta à procura de um acento diferencial — arquiteto à procura de um ponto de fuga.
2. Indique dois/duas navalhistas que não podemos esquecer. São duas pessoas que escrevem: uma que já se foi e sua obra não teve a devida atenção que merece, a segunda uma pessoa que escreve em nossos dias e devemos ficar de olho.*
Zila Mamede – de Navegos (Editora Vega, 1978) e Juliana Amaral – de Cartografia ou um corpo que res/existe (Editacuja, 2023). Mulheres de mar, rosa e pedra.
3. O que podemos esperar de sua literatura?*
Não muito, prefiro a concisão.
4. Se a partir de hoje a vida te tirasse a possibilidade de fazer literatura, quem você seria?*
Eu mesmo que outro.
5. Se você tivesse ciência de que estava escrevendo seu último texto, que mensagem você gostaria de deixar? *
Meu epítáfio está pronto: “Ele nunca comeu miojo.”

Humberto Pio (Mantena-MG, 1972-) é, poeta, arquiteto e professor. Autor da epopeia infantojuvenil Leocádia (Papel do Mato Oficina Tipográfica, 2023), da plaquete OFIC I ÓCIO (Editora Primata, 2023) e dos poemários Provisório (Ofícios Terrestres Edições, 2023), Talagarça (Editora Reformatório, 2021) e Coágulo (Editora Reformatório, 2019) – vencedor do Prêmio Maraã de Poesia 2018. Sua obra integra diversas coletâneas e revistas, inclusive O Navalhista.