5 Navalhadas – DÉBORA MITRANO
5 Navalhadas – DÉBORA MITRANO

5 Navalhadas – DÉBORA MITRANO

1. Imagine que acabaram de lançar uma biografia sobre você. Qual é o título? Apresente a sinopse. 

Cartografia do desejo: Débora e sua relação com a comida. Sinopse: O livro não é apenas sobre o comida, mas como Débora enxerga poesia no ato de comer. Desde pequena teve uma relação muito interessante com os alimentos.

2. Indique dois/duas navalhistas que não podemos esquecer. São duas pessoas que escrevem: uma que já se foi e sua obra não teve a devida atenção que merece, a segunda uma pessoa que escreve em nossos dias e devemos ficar de olho.*

Tem dois navalhistas que gosto bastante, me perdoem mas esqueci o nome deles

3. O que podemos esperar de sua literatura?

Muita sensibilidade e memória afetiva da infância, pois escrevo poemas sobre comida. Inclusive estou escrevendo um que se chama “Restaurante de poemas”. Minha escrita é simples, embora rebuscada em alguns momentos, mas sempre prezo pela simplicidade. Gosto de surpreender o leitor com temas que não costumam ser usados, como descrever a importância de um bolinho de chuva. Minha literatura busca encontrar profundidade em coisas que são vistas como banais, mas que são super importantes.

4. Se a partir de hoje a vida te tirasse a possibilidade de fazer literatura, quem você seria?

Seria destituída de sentido existencial, pois a literatura é o que me forma como humana. Não encontraria prazer em outras formas de existir, mas ao mesmo tempo buscaria outras formas artísticas de me expressar para não enlouquecer, pois acredito que qualquer espécie de arte protege o artista da loucura. A arte, independente de qual ela seja pode ser explorada com fins terapêuticos.

5. Se você tivesse ciência de que estava escrevendo seu último texto, que mensagem você gostaria de deixar? 

A mensagem que eu deixaria, tendo em vista que escrevo poemas sobre comida seria para as pessoas não terem medo de comer. Nem ódio dos alimentos. Óbvio que é importante cuidar da saúde e fazer atividades físicas (pela saúde), mas terrorismo nutricional só causa pânico e não ajuda em nada. Comer é um grande momento, nutre o corpo e também a alma. Cozinhe comidas caseiras. Aprender a cozinhar é um ato de rebeldia em uma sociedade que vende produtos ultra-processados.


Débora Mitrano

Me chamo Débora Mitrano, nascida e criada no Rio de janeiro, tenho 35 anos e sou poeta. Comecei a escrever na infância poemas confessionais, como forma de expressar sentimentos intensos. Meu poeta favorito era Carlos Drummond de Andrade. Nos vinte e poucos anos, comecei a escrever poemas mais complexos, com metáforas interessantes. Lia uma gama maior de poetas: Bruna Beber, Carla Diacov, Thaís Bravo, etc.

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