RUAN VIEIRA – 3 poemas
RUAN VIEIRA – 3 poemas

RUAN VIEIRA – 3 poemas

Revista Navalhista

 

 

Efeito Borboleta

 

Uma ave que cai

ao tentar voar e sair do ninho

Um vaga-lume que perde a luz

na escuridão do caminho

Um bebê que cai ao tentar andar sozinho

Uma mãe que não dá a seu filho

nem atenção nem carinho.

 

Eu sou o vento e a gravidade

que derruba o passarinho

Eu sou a escuridão no caminho

Eu sou o chão onde cai o bebêzinho

Eu sou o filho que não recebe

nem atenção nem carinho.

 

Eu sou a ave que tenta voar e cai do ninho

Sou o vaga-lume que perde a luz

na escuridão no caminho

Sou o bebê que tenta andar e cai sozinho

Sou a mãe que não dá ao seu filho

nem atenção nem carinho.

 

 

Revista Navalhista

 

 

Mil e uma noites

 

Eu passaria mil e uma noites

Dentro do teu abraço

Enrolado nos teus cachos

Colado nos teus lábios

Dentro do teu coração.

 

Eu passaria mil e uma noites

Dormindo ao teu lado

Em teu seio, repousado

Em teu sorriso, apaixonado

Segurando a tua mão.

 

Eu passaria mil e uma noites

Ouvindo a tua voz delicada

a ver estrelas na face enluarada

Sentindo o cheiro da rosa perfumada

Refém do amor e da paixão.

 

Eu passaria mil e uma noites

A contemplar a tua beleza

Consolando a tua tristeza

Eu te daria, com toda certeza

O mundo e o meu coração.

 

Eu passaria mil e uma noites

Contando piadas para você rir

Beijando teu pescoço para te fazer sentir

Sobre o meu peito a te fazer dormir

a ser o teu refúgio na dor e solidão.

 

Eu passaria! Ah, como eu passaria

Mil e uma noites, todos os dias

Sendo o teu amante, o teu amigo, a tua companhia

A ouvir tuas queixas e realizar tuas fantasias

Ah! Eu passaria contigo mil e uma noites, de inverno à verão.

 

 

Revista Navalhista

 

 

O Ser na Metamorfose da Vida

 

Quando eu era menino

Pensava e agia como menino.

Hoje, homem,

Homem do próprio destino.

 

O que eu fui ontem

Não sou hoje.

O que eu sou hoje

Não serei amanhã.

 

Eu errei, aprendi

Observei, entendi

Escutei e refleti…

 

O mundo está sempre girando

E eu me equilibro na corda bamba

das escolhas e consequências.

 

A vida está sempre passando

E eu tento entrar na dança

do tempo e da existência.

 

Sou passageiro na vida

Todo o mundo me parece passageiro

Nasce um – chegada. Morre outro – partida.

É um ciclo que se repete o tempo inteiro.

 

A vida passa sem a gente querer

Nós crescemos sem querer crescer

Mas o tempo nos ensina

a regra do bom viver:

CARPE DIEM!


Ruan Vieira

Ruan Vieira, nascido no dia 9 de setembro de 2001, natural de Aracaju/SE, escreve desde pequeno. A partir de influências literárias e musicais, o poeta se encontrou na poesia. É membro da Academia Propriaense de Letras, Ciências, Artes e Desporto (APLCAD) e do Centro Cultural de Propriá (CCP). Já participou de antologias poéticas, concursos literários, nos quais foi premiado em quatro participações e tem poemas publicados em sites e revistas literárias. O estudante universitário é autor dos livros: Libertos pela Poesia (2022, TAUP); Amor à flor da pele e Lucinda (2023, Frutificando); Estou farto do lirismo comedido (2025, Mondru).

2 comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *