
Efeito Borboleta
Uma ave que cai
ao tentar voar e sair do ninho
Um vaga-lume que perde a luz
na escuridão do caminho
Um bebê que cai ao tentar andar sozinho
Uma mãe que não dá a seu filho
nem atenção nem carinho.
Eu sou o vento e a gravidade
que derruba o passarinho
Eu sou a escuridão no caminho
Eu sou o chão onde cai o bebêzinho
Eu sou o filho que não recebe
nem atenção nem carinho.
Eu sou a ave que tenta voar e cai do ninho
Sou o vaga-lume que perde a luz
na escuridão no caminho
Sou o bebê que tenta andar e cai sozinho
Sou a mãe que não dá ao seu filho
nem atenção nem carinho.

Mil e uma noites
Eu passaria mil e uma noites
Dentro do teu abraço
Enrolado nos teus cachos
Colado nos teus lábios
Dentro do teu coração.
Eu passaria mil e uma noites
Dormindo ao teu lado
Em teu seio, repousado
Em teu sorriso, apaixonado
Segurando a tua mão.
Eu passaria mil e uma noites
Ouvindo a tua voz delicada
a ver estrelas na face enluarada
Sentindo o cheiro da rosa perfumada
Refém do amor e da paixão.
Eu passaria mil e uma noites
A contemplar a tua beleza
Consolando a tua tristeza
Eu te daria, com toda certeza
O mundo e o meu coração.
Eu passaria mil e uma noites
Contando piadas para você rir
Beijando teu pescoço para te fazer sentir
Sobre o meu peito a te fazer dormir
a ser o teu refúgio na dor e solidão.
Eu passaria! Ah, como eu passaria
Mil e uma noites, todos os dias
Sendo o teu amante, o teu amigo, a tua companhia
A ouvir tuas queixas e realizar tuas fantasias
Ah! Eu passaria contigo mil e uma noites, de inverno à verão.

O Ser na Metamorfose da Vida
Quando eu era menino
Pensava e agia como menino.
Hoje, homem,
Homem do próprio destino.
O que eu fui ontem
Não sou hoje.
O que eu sou hoje
Não serei amanhã.
Eu errei, aprendi
Observei, entendi
Escutei e refleti…
O mundo está sempre girando
E eu me equilibro na corda bamba
das escolhas e consequências.
A vida está sempre passando
E eu tento entrar na dança
do tempo e da existência.
Sou passageiro na vida
Todo o mundo me parece passageiro
Nasce um – chegada. Morre outro – partida.
É um ciclo que se repete o tempo inteiro.
A vida passa sem a gente querer
Nós crescemos sem querer crescer
Mas o tempo nos ensina
a regra do bom viver:
CARPE DIEM!

Ruan Vieira, nascido no dia 9 de setembro de 2001, natural de Aracaju/SE, escreve desde pequeno. A partir de influências literárias e musicais, o poeta se encontrou na poesia. É membro da Academia Propriaense de Letras, Ciências, Artes e Desporto (APLCAD) e do Centro Cultural de Propriá (CCP). Já participou de antologias poéticas, concursos literários, nos quais foi premiado em quatro participações e tem poemas publicados em sites e revistas literárias. O estudante universitário é autor dos livros: Libertos pela Poesia (2022, TAUP); Amor à flor da pele e Lucinda (2023, Frutificando); Estou farto do lirismo comedido (2025, Mondru).
Lindos poemas, Ruan é um escritor incrível!🌹👏🏼👏🏼👏🏼
Ruan é um escritor nato de excelência.
Parabéns pela maestria em escrever lindos poemas!